A Integração Lavoura-Pecuária e o manejo do solo
É comum que, hoje em dia, ao iniciar uma plantação, o produtor se depare com a realidade de um solo extremamente degradado e pobre em nutrientes. Não só porque em produções anteriores pode ter havido um descuido no manejo dos solos, mas porque no Brasil, um país com clima tropical, e com presença de muitas chuvas, os solos tendem a perder os nutrientes essenciais com maior facilidade, além de serem naturalmente ácidos.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano. Isso significa uma perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano devido às más práticas agrícolas, secas e pressão populacional.
Um dos objetivos do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), além da produção de grãos e de forragem numa mesma área, é o manejo estratégico da fertilidade do solo.
A rotação de culturas, utilizando culturas com potencial de descompactação do solo ou mesmo com alta produção de resíduos vegetais antes e após a utilização da área para pastejo auxiliam na diminuição dos danos, proporcionando condições mais favoráveis ao crescimento e desenvolvimento vegetal.
Portanto, a diversificação das culturas reduz o risco de erosão dos solos, melhorando suas características físico químicas.